Colibri

Caminha na cadência do zéfiro urbano

Mas combina também com o ritmo do mar

Te convém caminhar.

Furta a cor das asas de um colibri

Pousa ao meu lado e sorri

Bibe maravilha qual a cor do seu canto?

Diz que sabe isso de ser humano

Conhece de quase tudo menos de ser encanto.

Quando o dia fica alegre

Desejo você dançando.

E se de repente entristece

Não quero te ver chorando.

Sonho com o que alumia

Dois sóis castanhos

Reservados para momentos distintos

Procuro teorias e fórmulas

Para mante-los por mais uns oitenta anos.

Quando a noite cala e segue

Desejo você cantando.

Inevitavelmente amanhece

E eu por aqui sonhando.

Não compreendo o mundo

Estou buscando

As respostas para o porque

De ser tudo tão estranho

Prometo te contar quando descobrir

Procure entender, estou tentando.

Por acaso as palavras acompanham o que sinto

E o que sinto é similar ao vento

 Em forma e tamanho.

A gente cresce e muda tanto

As lembranças vão mas voltam

E eu ainda te amo.