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Jade Bittencourt. Tecnologia do Blogger.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Quando eu for embora
E a distância for maior que um telefonema
Quero que escreva um poema
Contando os nossos segredos.
Murmure-os na eternidade.

Quando eu for amora
Adubo da terra
Jabuticabeira ou pé de acerola
Desplante os pés do chão
Toque a lembrança
Sinta reverberar.
Despertei coberta de palavras, acumuladas no emaranhado dos meus cachos. E me preocupo.
Elas passaram o dia todo no meio exato da linha tênue que cruza o rio da contradição.
Pesei as ideias no travesseiro ontem a noite, percebi frases inteiras pendendo aos extremos exageros.
Depois de amanhecida e leve descontem 50% de tudo o que digo, metade é fábula ou intuição.
Quando encolho o ser é efêmero
Foi a eternidade que curvou os meus ombros
Posso deixa-la aos seus pés?
Porque pesa a imensidão.

Caminha em solo contínuo
Sem precipícios não há precipitação
Só rimas exatas
Vida batida sem garantia,
prazo de troca
ou devolução.

Os elementos que compõem a eternidade
Evoluem
São mutáveis
os caminhos que levam a amplidão.
Feitos de detalhes, são delicados
Qual será a sorte dos amores sutis?
Para toca-los
sensível tato
para afaga-los
até dormir.

Tantas mãos tão sem cuidado
irão ninar raros sonhos gentis.
Aí era quase 18h em uma cidade latina a beira do mar. As pessoas correm tanto que esquecem do fluxo natural de filhos da terra, ficam tristes sem saber porque.
Lá fora, a passos de distância, o sol ia iluminar outro ponto da esfera.
Se fizéssemos todos muito silêncio, daria para ouvir o chiado de fogo tocando a água.
Se eu fosse onda arrastaria a menina para dançar comigo.
A beira de mim...
Dentro do ônibus a rua corre
As pessoas no ponto
passam.
Embora eu esteja em movimento.
As memórias em mim
passam.
Intangível é  natureza do momento.
 

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